Na edição do jornal Diário do Pará, no último domingo, 20/05, a psicóloga Laura Amaral (CRP10/04142) abordou acerca do tratamento de pessoas com queixas de estresse.
"Diante da preocupação excessiva com as finanças da família, do temor pelo estado de saúde de um ente querido, das adaptações exigidas por mudanças no trabalho e até mesmo o trânsito que não flui, entre outras situações, pode chegar o momento em que se começa a pensar não ser mais possível lidar com tantas situações de estresse. Quando essa condição é atingida, traz com ela um alerta para os riscos que o estresse crônico pode causar à saúde do indivíduo. É a hora de procurar ajuda profissional. A psicóloga clínica Laura Amaral explica que, apesar de ser um conceito bastante abrangente, "o estresse se caracteriza pela relação que cada indivíduo estabelece de forma singular com as circunstâncias que excedem seu limite de suportar sentimentos e situações."
Antes de pensar no estresse como um problema, a psicóloga reforça que a condição é natural ao homem e pode ter uma relação muito próxima com a própria manutenção da existência humana. "Não há indivíduo que não tenha estresse. Mas o que pode indicar um adoecimento emocional é a intensidade e frequência", aponta. A percepção do que já não é mais possível suportar é extremamente singular. De qualquer forma, sintomas como baixa tolerância, ansiedade e insônia podem indicar a necessidade de acompanhamento profissional, quando percebidos de forma excessiva. (...)
Na realidade local, Laura destaca o desencadeamento do estresse pelas condições do centro urbano. "Temos observado um contexto muito adoecedor em Belém que tem origem na dificuldade de mobilidade, na precarização dos serviços públicos e na violência", analisa a psicóloga. "Se o sujeito não for capaz de reinventar novas formas de lidar com esse cotidiano, os sintomas do estresse podem agravar".
Fonte: Jornal Diário do Pará, 20/05/2018, reportagem de Cintia Magno, foto de Ricardo Amanajás.