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Entrevista com especialista

Na edição do Jornal Diário do Pará, 07/06, a psicóloga Laura Amaral (CRP10/04142) foi entrevistada por Cintia Magno, na Reportagem "Entrevista com especialista - a Psicologia faz parte do tratamento", exibida no Caderno especial "Emoções à flor da pele".

"Diversos estudos apontam a relação entre fatores emocionais e o desencadeamento ou agravamento de quadros clínicos. Em entrevista sobre o assunto, a psicóloga clínica e membro do Núcleo de Investigação em Psicanálise e Saúde Mental, Laura Amaral, alerta sobre a possibilidade de influência das emoções sobre a saúde da pele.

Repórter: - Como o estresse emocional pode afetar outras áreas da saúde, sobretudo a saúde da pele?

Psicóloga Laura Amaral: - O estresse pode provocar sintomas físicos, inclusive na pele. Cada pessoa lida com a angústia de maneira singular, manifestando alguns sintomas que nem sempre são facilmente associados a quadros psíquicos, por exemplo alguns quadros de dermatite. Por isso, a importância dos profissionais de saúde permanecerem atentos à escuta da história do paciente e como ele está se sentindo subjetivamente. (...)

Repórter: - Existem alguns sinais que podem indicar que o indivíduo possa estar passando por alguma situação de "sofrimento emocional" ligado à autoestima?

Psicóloga Laura Amaral: - Considerando que cada paciente expressa seu sofrimento conforme sua singularidade, é preciso escutar a maneira própria de cada sujeito situar seu sintoma. Problemas com a autoestima e dificuldade de pertencimento ao grupo social precisam ser trabalhados na escuta de cada indivíduo, para além da queixa da doença atual, mas, sobretudo, na forma como ele construiu sua autoimagem ao longo de sua história na relação com o outro. Há casos em que o próprio sujeito se dá conta de suas dificuldades emocionais e expressa seu desejo de realizar o tratamento. Algumas queixas podem ser observadas com certa frequência nos serviços de atenção à saúde mental e podem constituir-se como indicativos para um acompanhamento terapêutico, investigando a intensidade em cada caso, tais como: alterações bruscas de humor, isolamento, ansiedade, sono irregular, pensamentos negativos, dentre outros. De toda forma, cada sujeito deve identificar sua própria maneira de lidar e elaborar suas perdas e angústias, ressignificando e seguindo em frente."

Fonte: Jornal Diário do Pará, 07/06/2018, reportagem de Cintia Magno, foto de Ricardo Amanajás.


 

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