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A morte pode esperar? Clínica psicanalítica do suicídio

Por que a morte se apresenta como única saída para alguns sujeitos? A morte pode esperar por uma análise?

A escritora Soraya Carvalho nos coloca diante dessas e de muitas outras de suas inquietações, registradas em seu livro "A morte pode esperar? Clínica psicanalítica do suicídio". A autora aborda o suicídio como uma manifestação humana, um recurso pensado por algumas pessoas quando a vida se torna insuportável. Um modo de lidar com a dor de existir.

O sujeito que deseja morrer, em geral, está submerso em uma angústia avassaladora. A morte não é a causa da angústia, mas é sentida como uma forma de exterminar a angústia para algumas pessoas.

Na "clínica do suicídio", é importante deixar o sujeito falar sobre sua dor, sem qualquer julgamento ou interpretação. Ao falar, o analisante estará desfiando seus significantes, que revelarão o que é da ordem do real, do impossível de ser dito. Também revelarão os equívocos, os mal-entendidos na relação com o Outro.

A autora propõe que a morte pode esperar por uma análise, desde que haja, além da transferência, o desejo do analista de que uma análise se dê, suportando o tempo que for necessário para que o analisante, se desejar, possa abrir mão da satisfação com a morte e possa substituí-la pelo desejo de saber, um saber sobre a sua falta.

Importante: Há serviços públicos de saúde disponíveis para o atendimento de pessoas que referem queixas de sofrimento psíquico com ideação de suicídio. Há também atendimentos psicológicos disponíveis em clínicas nas Universidades. Além do tratamento oferecido em consultórios particulares ou conveniados a planos de saúde. Você também pode ligar para 188, contato do CVV, serviço que oferece apoio emocional e prevenção do suicídio gratuitamente, funciona 24h.

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